Conselho de Curadores e Conselho Fiscal da FAI aprovam relatórios de gestão e balanço financeiro

O Conselho de Curadores da UFSCar, órgão fiscal que tem como responsabilidade analisar e emitir parecer sobre as contas da Universidade, aprovou por unanimidade o relatório anual de gestão de atividades referentes a 2022. Os integrantes, que também integram o Conselho Fiscal da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar, ainda aprovaram o Balanço Financeiro da Fundação referente à 2022.

O Conselho de Curadores da UFSCar, órgão fiscal que tem como responsabilidade analisar e emitir parecer sobre as contas da Universidade, aprovou por unanimidade o relatório anual de gestão de atividades referentes a 2022. Os integrantes, que também integram o Conselho Fiscal da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar, ainda aprovaram o Balanço Financeiro da Fundação referente ao exercício passado.

“A reunião do Conselho de Curadores é sempre um momento de discussões muito enriquecedoras para nossa Universidade. Esse ano, além de apresentar o relatório anual de atividades, foram também apresentados os principais desafios para 2023, o que suscitou uma discussão bastante rica sobre o papel do ensino superior e a modernização do ensino de graduação. Terminamos a reunião com a sensação de dever cumprido e de preparo para o que vem pela frente”, afirmou Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da UFSCar.

Dentre os destaques do relatório, preparado pela Secretaria Geral de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (SPDI), foi citado o retorno pleno às atividades presenciais nos quatro campi, após o Ensino Não Presencial Emergencial (ENPE) provocado pela pandemia da Covid-19. Não houve surtos da doença e nenhum óbito provocado por Coronavírus foi registrado em servidores da ativa e estudantes de pós-graduação. Com um Plano de Retomada aprovado por unanimidade pelo Conselho Universitário (ConsUni), houve preparação de espaços físicos, compra de equipamentos de segurança, como máscaras, testagem por amostragem na comunidade, protocolo de atendimento para acompanhamento pós-diagnóstico, exigência de vacinação, ampliação nos restaurantes universitários e distribuição de refeições para estudantes em situação de vulnerabilidade social. “Foi um trabalho articulado entre diferentes unidades da UFSCar muito bem avaliado por especialistas”, ressaltou Maria de Jesus Dutra dos Reis, Vice-Reitora da UFSCar.

Além disso, buscando colaborar com o enfrentamento aos problemas de saúde mental agravados pela pandemia na população brasileira, em 2022, a UFSCar desenvolveu uma Política de Saúde Mental, também ressaltada no relatório de atividades. A partir da criação da Comissão Permanente de Saúde Mental, um espaço físico será preparado para oferecer ações e processos de cuidado, educativos, de atividades culturais e de lazer. “É uma unidade que vai se articular em rede com os gestores das cidades onde há campus da UFSCar. Em paralelo, temos articulado iniciativas em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e com universidades públicas paulistas”, lembrou a Vice-Reitora da UFSCar.

Também foi salientada a elaboração de uma Política Institucional para Prevenção, Redução e Investigação de Danos da Violência, que já foi apresentada ao ConsUni e está em discussão. No último ano, foi criada uma Comissão de Negociação e Mediação para receber denúncias, mediar conflitos e orientar possíveis vítimas. “É preciso estabelecer ao longo dos próximos anos uma política educativa sobre a violência, com capacitação para gestores lidarem com conflitos baseada em comunicação não violenta”, defendeu Maria de Jesus. Em outra frente, a atuação do Comitê de Governança Digital também foi realçada. O órgão, que é composto por gestores da instituição e atua em prol do desenvolvimento técnico baseado em transparência e efetividade, tem otimizado sistemas para melhorar a gestão de processos na universidade.

A instabilidade orçamentária de 2022, com seguidos cortes em recursos que já tinham sido liberados no começo do ano, ainda foi lembrada pela Reitora da UFSCar durante a reunião do Conselho de Curadores. “Fechamos o ano com um déficit de R$ 2,8 milhões, cenário que foi semelhante na maioria das Universidades. Essa situação se transformou a partir da eleição do novo Governo Federal, que articulou a recomposição do orçamento antes mesmo da posse. Agora, a UFSCar teve uma recomposição de R$ 10,3 milhões entre recursos de custeio e capital. Mesmo assim, o recurso de hoje em dia representa 45% do total disponível em 2013, considerando a inflação”, destacou.

Desafios relacionados ao combate à evasão, a formação de professores, a modernização da graduação, a inserção curricular da extensão, ações de inovação na transferência de tecnologia, a gestão de áreas verdes e a ocupação dos espaços públicos, também foram lembrados. A Reitora ainda falou sobre o projeto de renaturalização da barragem do Monjolinho, localizado no Campus São Carlos, sobre as obras necessárias para o Departamento de Educação Física e Motricidade Humana e para o Centro de Convenções. Os conselheiros elogiaram a edição e estrutura dos tópicos e a riqueza de detalhes das informações apresentadas. As informações poderão ser conferidas pela comunidade acadêmica em vídeos que serão lançados nas próximas semanas.

FAI - Os integrantes do Conselho aprovaram o Balanço Fiscal da FAI por unanimidade. Em 2022, a Fundação gerenciou 845 projetos, entre iniciativas da UFSCar, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - o que envolve cerca de R$ 308 milhões, além de duas Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), uma na área de Materiais e outra realizando pesquisas relacionadas à Engenharia de Alimentos.

Com serviços prestados na gestão administrativa e financeira de projetos, remunerados por meio de DOA (Despesas Operacionais e Administrativas), a FAI capta recursos, aloca em fundos de investimento, e, desta forma, repassa a UFSCar para apoiá-la. O superávit da Fundação em 2022 foi de R $9,9 milhões, um crescimento de 344,9% em relação a 2021. O aumento na renda de projetos gerenciados, novos projetos captados, a alta taxa de juros e a recuperação de COFINS, são alguns dos fatores que levaram a esse resultado. Ao longo de 2022, olhando apenas para os Programas de Fomento mantidos pela FAI – Engenharia, PAPq e Rádio UFSCar, foram quase R$ 3 milhões investidos.

Durante a reunião, também foram salientados outros aportes da FAI a UFSCar. Como a aquisição de testes de proficiência TOEFL ITP com desconto de 50% sobre o valor oficial, o apoio a Unidade Multidisciplinar de Memória e Arquivo Histórica (UMMA) da UFSCar para a organização do acervo de Luís Carlos Prestes, e também o apoio ao Instituto Serrapilheira na implementação do projeto Pluralizar na UFSCar. Os integrantes do Conselho mostraram admiração com os resultados excepcionais apresentados e parabenizaram a eficiente atuação da equipe da Fundação, ressaltando sua relevância no desenvolvimento das ações da UFSCar e reiterando a importância da FAI em seu papel social.

Membros dos conselhos:

Prof. Dr. Carlos Alberto Ferreira Martins

Prof. Dr. Wolfgang Leo Maar

Prof. Dr. Jurandyr Povinelli

Prof. Dr. Rodolfo Godoy

Profa. Dra. Maria Luisa Guillaumon Emmel

Prof. Dr. Glaucius Oliva

Prof. Dr. Valdemar Sguissardi

Prof. Dr. Oswaldo Baptista Duarte Filho

Profa. Dra. Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva