Reitora participa de encontro com o Papa Francisco sobre temas como a crise social, econômica, ambiental e cultural

A Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, participou nos dias 20 e 21 de setembro do Encontro entre Reitores de Universidades Latino-Americanas e Caribenhas: Organizando a Esperança, promovido pela Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum (RUC) e pela Pontifícia Comissão para a América Latina (Pcal)

A Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, participou nos dias 20 e 21 de setembro do Encontro entre Reitores de Universidades Latino-Americanas e Caribenhas: Organizando a Esperança, promovido pela Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum (RUC) e pela Pontifícia Comissão para a América Latina (Pcal). Organizado pelo Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB), o evento foi realizado no Vaticano, e contou com a presença do Papa Francisco, que recebeu cerca de 200 representantes de universidades públicas e privadas da América Latina e do Caribe. A delegação brasileira estava formada por reitores e reitoras de 41 universidades, incluindo a UFSCar.

O tema do encontro foi “Organizar a Esperança” e teve como objetivo discutir temas relacionados aos grandes desafios do mundo na atualidade, como mudanças climáticas, água e biodiversidade, desemprego e migração, tecnologia e tecnocracia, entre outros.
Os temas abordados no encontro foram nas encíclicas Laudato si’ e Fratelli tutti, escritas pelo Papa Francisco. A Laudato si’ aborda os problemas ambientais que ocorrem na Terra (a casa comum) e propõe um paradigma de mudança. Já a encíclica Fratelli tutti dá continuidade à Laudato si’ alertou para que a humanidade redescubra sua fraternidade universal e trabalhe em um projeto de desenvolvimento que promova a dignidade humana.

A Reitora, Ana Beatriz de Oliveira, explica que a atividade foi dividida em dois dias. No primeiro, os representantes das universidades foram organizados em quatro grupos de trabalho para discutir sobre a crise social, econômica, ambiental e crise cultural, elaborar uma síntese e perguntas ao Papa, que comentou cada uma, apresentando como as universidades podem colaborar nesse processo de cuidado com o meio ambiente, transformação social, econômica e cultural.

“O Papa deu bastante destaque (e foi muito aplaudido) ao falar da importância da atuação política da juventude para que o cenário atual seja transformado. Pediu ajuda para que os jovens sejam participativos e formados nessa perspectiva. Que alegria saber que estamos trabalhando nessa perspectiva desde o início da nossa gestão, a partir da valorização dos órgãos colegiados, do reconhecimento da legitimidade das entidades representativas e dos movimentos sociais. Ainda há muito trabalho e vamos em frente. A passagem por Roma foi também oportunidade para encontros com os embaixadores do Brasil em Roma e no Vaticano”, disse a Reitora.

Em declaração publicada no portal Vatican News (leia a reportagem aqui), o Papa Francisco falou aos reitores e reitoras “"Eu lhes peço", por respeito à humanidade sofredora, que abordem esse problema em suas universidades, mas com a densidade humana que ele tem". "Portanto, em resumo, eu lhes digo o seguinte: os migrantes devem ser acolhidos, acompanhados, promovidos e integrados. Se não conseguirmos integrar o migrante, falharemos", acrescentou. "Quero dizer tudo isso sobre os migrantes porque o problema dos migrantes está muito próximo de meu coração", disse novamente o Pontífice. Ele continuou dizendo que "é criminoso o que está sendo feito hoje, aqui na Europa, para mandá-los de volta, é criminoso. E eu não quero usar eufemismos, eu digo as coisas como elas são".