SAADE realiza mapeamento de eventos relacionados às temáticas raciais e lança a agenda unificada Novembro Negro
A Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), com a Coordenadoria de Articulação em Saúde Mental da UFSCar (CASM), com a Coordenadoria de Cultura (CCult/ProEx) e com a equipe do Projeto de Desenvolvimento Institucional (PRODIN) “Promoção da Saúde Mental, da Ética, da Mitigação da Violência e para a Construção da Cultura de Paz na UFSCar”, organizou um mapeamento das atividades relacionadas às temáticas raciais planejadas pela comunidade da UFSCar no mês de novembro. Esse mapeamento foi a base para a criação da agenda unificada Novembro Negro, que está sendo divulgada nas redes sociais da SAADE.
O mapeamento começou a ser organizado em setembro, a partir de uma conversa com os grupos e atores que tradicionalmente atuam com a temática das relações étnico-raciais na Universidade. Ele foi inspirado em uma experiência anterior da SAADE, que em 2023, compôs a agenda unificada do Novembro Negro em São Carlos, organizada ple Centro Cultural da USP, pelo Conselho da Comunidade Negra e pelo Centro Municipal de Cultura Afro-Brasileira “Odette dos Santos”. Esse trabalho de articulação anterior levou a Secretaria a desenvolver uma agenda que agrega atividades planejadas por toda a comunidade UFSCar. Duas ações são comuns aos quatro Campi: “os Afrosaraus” e as fotos “Vamos nos aquilombar”. Além destas atividades, cada Campus organizou sua programação local.
A ação, que tem como objetivos a valorização da diversidade racial e o combate ao racismo, visa marcar o mês da Consciência Negra. “Nós sabemos que as atividades de combate ao racismo e valorização da cultura e da diversidade racial precisam ser feitas o ano inteiro, mas nós sabemos da importância simbólica do mês de novembro. Nós queremos ter atividade o ano inteiro e queremos também marcar esse mês”, explica Simone Mestre, professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) e Coordenadora de Relações Étnico-Raciais da SAADE.
Outro objetivo importante da agenda unificada é preservar a memória das ações e eventos que estão sendo realizados pela comunidade UFSCar. “Essa memória registrada é muito importante. Falando da fotografia, por exemplo, quando circulamos nos corredores de prédios e departamentos, vemos as fotografias de formatura e observamos a ausência de pessoas negras naqueles espaços, então ter uma fotografia só com pessoas pretas, é algo muito emblemático”, comenta a professora. Todos os eventos mapeados estão sendo divulgados no Instagram da SAADE (link externo).
A Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade
A agenda unificada Novembro Negro é uma das ações realizadas pela Secretaria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade, a SAADE, ligada diretamente à Reitoria. A unidade tem como função institucional implementar, aprimorar, debater e atualizar a Política de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade da UFSCar (link externo). Esta política visa “criar formas de ingresso e permanência para pessoas de grupos sub representados e o papel da Unidade é implementar essas ações, além de trabalhar na educação da comunidade para que as ações afirmativas sejam efetivadas” destaca Vinícius Nascimento, Secretário Geral da SAADE.
Atualmente a Secretaria se divide em quatro Coordenadorias Temáticas e três Coordenadorias Multicampi. As Coordenadorias Temáticas de Diversidade e Gênero, Inclusão e Direitos Humanos, Relações Étnico-Raciais e Serviço de Tradução e Interpretação de Língua de Sinais estão lotadas em São Carlos, já as Coordenadorias Multicampi representam a Unidade em Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. Juntas, as Coordenadorias desenvolvem ações que vão desde o acolhimento de ingressos até a promoção de campanhas antiviolência.
A SAADE trabalha com “a gestão dos ingressos, nas bancas de verificação da autodeclaração étnico-racial, tanto na graduação e na pós-graduação, como nos processos seletivos e concursos; no acolhimento de pessoas com deficiência e de estudantes do vestibular indígena; na promoção de saúde mental coletiva; na elaboração de campanhas de prevenção e mitigação da violência; na atualização das políticas de gênero; além de desenvolver ações em conjunto com a Ouvidoria, tanto no acolhimento das vítimas como na promoção de medidas educativas para a comunidade”, explica o professor Vinícius.